Drogas livres no Brasil
No México, uma guerra irracional, desencadeada por policiais armados pelo Governo contra traficantes de drogas organizados, já matou mais de 40 mil pessoas nos últimos dez anos. O tráfico de drogas naquele país, apesar da dura repressão, cresce, aparece e desafia a força pública. Diante de tanta repressão, o consumo de drogas no México, como nos Estados Unidos, aumenta de um ano para outro. ”Enquanto houver consumo de drogas haverá quem as produza e quem as distribua, queiram ou não os governantes.” Esta declaração do traficante colombiano Pablo Escobar, dita pouco antes da morte dele, confirma-se hoje no tempo e no espaço em todo o mundo. Enquanto os governos combatem traficantes de drogas, milhares de pessoas consomem bebidas alcoólicas vendidas livremente em milhares de pontos estratégicos nas cidades. Não dá para acreditar que o Governo e a sociedade no Brasil não sabem que milhares de mortes no trânsito são causados por acidentes provocados por motoristas embriagados. O álcool pode ser vendido livremente em todas as cidades do país, apesar de os danos que causa à sociedade serem conhecidos. Então, por que cocaína e crack não podem ser vendidos como as bebidas alcoólicas? Onde está a lógica da discriminação? O tráfico de drogas só acabará no dia em que forem revogadas as leis que permitem a distribuição e a venda de substâncias entorpecentes consumidas cladestinamente por seres humanos.